segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Escadaria

"Prefiro não pedir em um ano novo, mas agradecer a tudo que tive no que passou... No novo ano? Novos planos, novos sonhos, novos propósitos, novas conquistas; cada qual com seu aroma... Assim, dia a dia, degrau a degrau chegarei ao topo do Novo.  E do último degrau construir mais alguns, com novos planos, novos sonhos, novos propósitos, novas conquistas; cada qual com seu aroma!"

Cores


"Na palma de minhas mãos
Elas...
Cores...
Brilho....
Tão minhas...
Tão cores....
No sopro do vento
as vejo....
cores...
Tão minhas..."

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Decepção


Decepção.
O que seria que causa tanta dor e sofrimento?
Seria a emoção desperdiçada?
O não dito à espera do SIM?
A falta do apoio?
A espera do acaso não vivido?
O não viver o que se pode?
Se sentir só no oceano?
Perdido no infinito?
Sentir os pés frios no chão quente?
Deixar as lágrimas escorrerem pelos lençóis?
Abraçar solitário o travesseiro?
Buscar companhia na bagunça do armário?
Olhar-se no espelho e nada ver?
Vestir-se do melhor sorriso e não sê-lo?
Selar a dor?
Imaginar como tudo seria diferente?
Arrepender-se do sim?
Tentar definir o medo?
Andar na chuva fria?
Buscar  o calor no toque da mão?
Desejar sumir nem que seja só pra sempre?
Rasgar papeis? 
Buscar respostas?
Não saber , simplesmente.
Buscas infindas que nada remetem às respostas concretas que somente  um coração decepcionado encontra respostas. Tão pequenas. Mas tão próprias.  Talvez ela. Apenas a dor do momento. Mensagem que nunca se apaga. Não se omite. Cicatriz que não cura. Apenas muda. Muda como é. Muda. Decepção.

Amo-te

Amo-te na essência
Do ser que vive
Que renasce a cada segundo.

Amo-te como  a rosa
Que vive do espinho
Que decora a dor
E que desencanta a flor.

Amo-te como nada amaria
Além do vento
Do sopro
Do próprio vento.

Amo-te
Como nada.
Amo-te
Como tudo.
                                                                                             
Amo-te como sinto.
Amo-te com medo.
Amo-te como o olhar.

Onde estará perdido esse amor?

Amo-te.

domingo, 27 de novembro de 2011

Urgência




Um dia você acorda e descobre o sentido e o valor da palavra URGÊNCIA. O que antes, com poucos anos parecia ser urgente, agora o deixa de ser com uma importância tão diferente que  em muitas das vezes pode causar estranheza. Urgência é o encontro dos olhares no final do dia, não a necessidade de tê-los a todo momento. É a certeza de um BOM DIA, não a pressa em o fazê-lo. É receber um SMS e pensar no que responder para que a resposta seja sentida e desperte um sorriso de contentamento e alegria não responder apenas um ok! ou um sinalzinho gráfico. É esperar o momento de tomar o café da manhã e sentir o cheirinho que rescende pela cozinha ou ter o café da manhã na cama; não apenas sair correndo de atraso. É receber no meio da noite um beijo só pra dizer que TE AMA. É receber um olhar quando acaba de despertar e mesmo que o rosto todo amassado simplesmente ouvir que VOCÊ É LINDA! Deixa de ser urgência a compra no mercado, o preparo do jantar, a roupa mal passada quando se tem alguém do lado que se espera por toda a vida. Vale a pena ter urgência quando se diz EU TE AMO! Quando se espera a chegada no fim do dia, quando se espera a chuva passar ou se corre por carro pra fugir do chuvisco. Vale a pena pensar em envelhecer quando o tempo é seu aliado, não inimigo. Urgência é quando aquele que te ama te diz ser LINDA MESMO VESTIDA COM UM SACO DE LINHA. Vale a pena a urgência de juntar moedinhas pra comprar o pão-de-queijo porque não se foi ao banco "buscar dinheiro". Urgência é amar e ser amado. A cada dia, a cada minuto. Vale ter urgência no momento da conciliação, quando o pedido de desculpas é acompanhado de um beijo. Deixa de ser urgente o telefonema que não aconteceu ou o atraso no horário marcado para ser a melhor parte do dia o OI, AMor!!! Vale a pena a urgência de matar a saudade e sentí-la todos os dias, em todos os momentos do dia. E por falar em amor..... Vale a pena a urgência do amor.... valendo a pena ser urgente quando toda urgência existe apenas para ser vivida e amada. 

domingo, 6 de novembro de 2011

Insensatez




No encontro com o eu extremado busquei as razões e os motivos para ser o que nunca fui.
Busquei respostas de perguntas que nunca conseguirei responder. Vejo o tempo passando, as pessoas mudando, os veículos com suas extremadas buzinas, o Carnaval essencial do sambista que perde a voz e tantas outras coisas que sequer consigo exprimir em palavras. Sinto vontade de fugir de máscara. Transformar um engarrafamento em carnaval e o ódio do mundo em sorriso. Transformar o sorriso de uma criança, simples, humilde, sincero na mais bela obra de arte e assiná-la como eu mesma. Vejo na insensatez do mundo o absurdo do abandono de uma criança, uma mãe que some e que sequer olha pra trás, os desmandos de quem quer apenas  o poder e dizer que TEM. Apenas isso. Nada mais. Olho a miséria de um jovem que acredita ser o dono mundo enquanto apenas está nele. Vejo no carinho de um idoso a caminhada árdua e a demora, senão a espera do futuro que bem ou mal há de vir. Vejo no abrir de uma janela a existência de um mundo novo, enorme e gigante que se abre ao raiar do sol. Vejo no poeta dos ventos a vida  que ora se constrói em cada passo. Vejo nos passos que dou a cada dia, um novo caminho, uma nova estrada e uma nova vida a ser vivida, a cada dia.  Como responder a tanta insensatez no meio de tanta sensatez reparada e mascarada pela hipocrisia? Talvez na insensatez. Insensatez? O que é insensatez?

Na ponta dos pés


"Busco na ponta de meus pé o movimento que por vezes não encontro nos meus simples gestos. Busco na dança de minhas mãos a coragem de ser apenas Eu enquanto o mundo espera que eu seja OUTRO. Busco na certeza de minhas dores, de meus calos, o calor das minhas emoções. Busco nas minhas pontas a ponta de existir e de diminuir a dor e o medo de cair. Busco no calor dos meus pés a dor que se transforma na melodia de minha existência. Na ponta de meus pés busquei a razão de ter medo. De não ter sabe-se lá o quê? Ou quem sabe, eu saiba quem sou? onde estou? porque vou e se irei? Quando subo na ponta de meus pés, sinto o que por vezes não consigo ser, buscando-me na perfeição que busco ter. Busco na ponta de meus pés Eu. Ou não? Ou sim? Ou quem sabe? Apenas na ponta. Na ponta de meus pés."

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Valor da Amizade



Hoje destinei-me a lembrar dos meus tempos de adolescente, das minhas antigas amigas, das nossas gargalhadas, das situações inusitadas que vivemos. Parece que mesmo tão distantes se fizeram tão próximas. Pensar nos tempos de escola, pensar na volta das aulas, nos anjos trocados, nas confidências secretas e principalmente nos momentos de desabafo que junto a elas se tornaram intensos. Inventamos certa vez um Clube do anjinho. Meus coração sente uma saudade enorme quando me lembro que os anjinhos ora trocados vinham acompanhados de cartõezinhos com mensagens tão sinceras! Minha tão querida Ana Paula, foi aquela que iniciara esta ideia. Todas as semanas trocávamos aquelas doçuras. Assim fomos juntas até o final do ensino Médio. Um trio imbatível, tanto em notas quanto em amizade.  Aquela nossa amizade trazia uma segurança e nos fortalecia a cada dia. Eram voltas e voltas da escola, eram risos e sorrisos que deixaram marcas tão profundas que jamais poderão ser esquecidas. O tempo passou. Cada uma tomou as rédeas de sua vida e levou-a adiante; assim como as lembranças. Nós mudamos. O tempo afinal, é o maior transmutador de pensamentos e de vidas. Nos formamos. Cada uma com sua profissão, sua família e com a certeza de o futuro é mágico, intenso e promissor. Promissor de grandes alegrias, de enorme saudade e principalmente de doces lembranças. Me pergunto hoje: Se tivéssemos ficado mais próximas, seria diferente? Não tenho esta resposta. Mas certa vez, alguém me disse que a saudade só existe quando existem também sentimentos verdadeiros. Tão verdadeiros como uma amizade em que o tempo se faz distância e dignifica as dores e as sensações de uma vida outrora vivida. Intensa!  Se perguntarem-me hoje, qual seria o valor da amizade, não hesitaria em responder. O valor da amizade está na lembrança dos grandes momentos e na saudade que se sente de um tempo passado, porém, jamais esquecido. Jamais esquecido porque as dores, as alegrias e as tristezas foram tão bem compartilhadas que transformou a amizade em uma base sólida que nos faz ter o prazer de dizer: Eu tive amigas. Ou será: eu tenho amigas. Esse pensar me trás sim o valor concreto e ao mesmo tempo abstrato do mais sublime sintagma titulado AMIZADE.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lembrança


Esta semana parece que o coração está mais apertado. Sinto que mais um ano se vai. Aquelas relações construídas com tantos que até então eram apenas rostinhos perdidos numa multidão, agora se tornam uma das razões por fazer o que faço com tanto esmero e dedicação. É incrível, mas posso seguramente dizer que o nome do que estou sentindo nesses momentos de nostalgia nada mais são que a saudade de uma despedida.... ou quem sabe de uma continuidade irreconhecida. Lembrar dos primeiros dias, do desconhecimento, do medo, das mágoas já consolidadas e da confiança no inesperado nos trouxeram até aqui. Posso dizer, na mais doce forma de saber. Saber o que se sente, o que se vive, o que espera e quem sabe o que se deseja. As letras neste ano não foram as mais importantes, nem as conjunções, nem as questões e trabalhos por vezes desafiadores que propus nos momentos de maior criatividade. Os abraços de alegria, de medo, de confiança, se antes eram fortes, agora se fazem maiores, mais intensos. Meninos cresceram. Meninas viveram. Viveram e cresceram com a intensidade de uma tempestade que no fim da madrugada  presenteia com o calorzinho do inicio da manhã. Esses poucos dias, e como foram poucos perto de tudo que aconteceu,  foram recheados de alegria, tristeza e cumplicidade. Cumplicidade nas simples palavras "nós estamos com você, professora!", ou quem sabe no "fessora", no "e aí fessora?!"... Me desculpem os sábios, mas poucos viveram isso. Poucos como eu, que acreditam na verdade, no carinho, no afeto e na amizade verdadeira que se completou pela confiança nas palavras de alguém com poucos anos à frente da jovialidade infinda das "minhas criaturinhas". Nunca imaginei que este ano tomasse uma proporção dessas! Mas tomou! Choramos juntos, rimos, nos divertimos, brigamos, nos abraçamos muito, tiramos muitas fotos e construímos confidências, segredos. Me tornei literalmente uma "Professora Maluquinha", não é Marília? Me tornei a dindinha de muitos, amiga de outros, a confidente de alguns, e o alvo das mais curiosas crises; que hoje me lembro com os olhos marejados. Marejar os olhos esse ano foi uma constante. Impossivel pensar que "amores"só acontecem de vez em quando. Dançamos a quadrilha da gargalhada, ouvimos e dirigimos as famosas "ratas"e criamos trilhas sonoras de uma vida. Uma vida que nunca será esquecida. Tentei não acordá-los todos os dias, mas chegou um momento em que vocês próprios se acordaram e me fizeram realmente compreender o valor que cada minuto, de cada dia "não pensado". Afinal, a quarta-feria não era dia de pensar no 17! Como foi bom ter a calma do 18! Rir das comidas estranhas de cada um! Rir da sinceridade das minhas meninas! Como foi mágico estar com o 6! Confiança, alegria e amor intensos a cada dia! Como foram confortantes os abraços. Precisava ter um escudo e lutar na Guerra de Nárnia! Criar músicas com o 4, dançar, ir até o chão, confessar os enganos e compartilhar as belas palavras escritas! Crescer com o 5! Rir do "Marelo"que nunca entendia a piada, ler as palavras da Karla, rir da dança da Carol. Entrar numa sala tão adulta que se tornou criança aos poucos foi "digno". São tantas lembranças que se cada detalhe for descrito, não caberá nessa página. e que bom que existe a página da memória. Tive a certeza que DIFERENÇA é a palavra mais bonita que conheci. Tive e tenho a certeza que cada "carinha" me dizia algo, e com o olhar eu conseguia dizer muito também. Vale a pena chorar? Muito! Fim de ano traz essa dorzinha de saudade. Mas que bom que saudade existe. Senão não existiria a lembrança. Se a lembrança não existisse, não daria risadas sozinha. Estar sozinha é algo que não faz parte mais dos meus dias, pois a cada manhã se não os terei mais em presença, terei-os em alegria, saudade e lembrança. E isso, ninguem pode tirar. Pois apenas existe com a magnitude de um dia novo. Ou de página escrita no livro da vida.

Alessandra Beatriz
Professora de Lingua Portuguesa
E. E. Madre Maria  Blandina

Sensações - Paula Fernandes

Essa letra mostra realmente o que sou... Um turbilhão de emoções. Espero que gostem....

Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz , o seu querer
Agora sou somente um
Longe de nós um ser comum
Agora sou um vento só. a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva eu reconheço
Eu me transformo
Agora sou um vento só, a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva
Agora sou um vento só, a escuridão
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reminiscência


Menina que era me encantava constantemente com a arte de "fazer" palavras. Embora criasse como num passe de mágicas as minhas, havia uma que fazia com que meus olhos brilhassem. Reminiscência. Curiosa que era não hesitava em buscar significados nos vários dicionários que tinha em casa. Assim a descobri. Parecia um mundo novo, colorido, cheio de brilho e fantasia. Imaginem que ao sete anos descobri esta palavra. Nunca a esqueci. Sempre sonhei escrever um livro com minhas reminiscências. Vinte anos depois, encontrei a mais perfeita definição do que sou. Uma Reminiscência. Naquelas páginas do dicionário parecia muito simples. s.f. Recordação vaga e quase apagada; Coisa, expressão de que a pessoa se lembra insconscientemente; lembrança indecisa: reminiscência de leituras.  Mas para meus infantes pensamentos a "coisa" ia mais além.... muito mais. Os sinônimos então... eram lindos!  Anamnesememóriarecordaçãorelembrança e rememoração. Sim, a cada dia eu tinha memórias, recordações, relembrava e rememorava o que todos já haviam feito; inclusive eu. Certa vez até ouvi de uma professora - Dona Jarina, a mulher mais linda e elegante que já havia conhecido, por sinal -  que tinha memória e alma de escritora. Parece que tive um surto de Oswaldo Montenegro agora. Mas não era isso que eu queria dizer. Queria na verdade era pensar como me faço uma reminiscência. Acho que subjetiva como sou, identificaria essa minha "situação reminiscente"como a forma mais imprecisa de viver o sonho, a realidade, misturar a fantasia com o real numa sublime existência. Tão sublime que às vezes até acho que só eu vivo assim.Como diriam meus amados alunos: Ou não! Acho que todos deveriam ter essas reminiscências. Acho que faz bem pra alma, pro coração, alenta a saudade, cria mundos e faz a vida ser um pouco mais leve. Faz a gente fugir um pouco dos problemas que já pesam tanto! Enquanto a maioria teima em viver apenas na realidade factual do momento presente, insisto e continuarei persistindo em viver minhas reminiscências. Elas me fazem tão bem! Sei lá, às vezes, voltar às minhas memórias do tempo de criança, minhas loucuras juvenis, esconder segredos que nunca serão descobertos por ninguém, ter anamneses constantes, rememorar o sorriso de alguém, o bilhete colocado às escondidas pelo amigo apaixonado, relembrar as brincadeiras, as confidências e recordar as promessas e as juras de fidelidade absoluta. Isso tudo traz uma nostalgia, um sabor diferente do tempo passado! Nostalgia. Esta também é bonita! Será outra definição que ainda encontrarei.  Mas essa é outra história, outra reminiscência. Talvez mais vaga, mais imprecisa, mas não apagada. 


domingo, 4 de setembro de 2011

Opinião

Esta semana, em uma de minhas aulas de Redação, fiz uma proposta um tanto inusitada. Pedi que meus alunos dissertassem ou manifestassem sua opinião sobre A influência da imagem no cotidiano. Aqui está um texto produzido pela aluna Karla Cardoso de Castro do 3º Ano 05 do Turno Matutino da Escola Estadual Madre Maria Blandina. É de marejar os olhos.... Espero que gostem.

     "Na minha opinião, muitas vezes construímos imagens em nossas cabeças referente às pessoas, situações que ainda acontecerão. Não é verdade que quando alguém nos fala de uma pessoa que não conhecemos ficamos imaginando: como será essa tal pessoa? Sim! Imaginamos tantas coisas como: Será bonita? Alta? Magra? Como será sua voz?    Imaginamos tantas coisas que na hora exata acontece tudo diferente. O mundo gira em torno das informações, por isso toda conversa que chega até nós, toda pessoa que não conhecemos ainda, ou algum fato que ainda vai acontecer, faz com a ansiedade tome conta e aí criamos 'aquelas' imagens de como será. Eu nunca me imaginei sem as nossas 'queridinhas' imagens. E você? Já?  Imagine só  a televisão sem imagens? Pessoas que não conseguiríamos ver? Tudo isso seria no minimo engraçado. Como seria imaginar sem ter nunca enxergado imagens? Já imaginou você, sem espelho? Você nunca saberia como é sua aparência. Dependo das imagens e quero continuar sonhando, imaginando. A sorte é que ninguém sabe oque imaginamos!


Karla...
Que a doçura das suas palavras continuem a cada dia iluminando minhas aulas!!! Parabéns, minha querida! Beijos!!!!

domingo, 21 de agosto de 2011

A menina que lê... e escreve I

A menina que lê. A menina que escreve.  Quem sabe, seja uma menina que lê e que escreve. Esta menina não se importa com o horário de dormir, pois está com um livro sempre às mãos desbravando mundos e conhecendo heróis. Talvez sendo heroína. Essa menina que lê sempre espera por um final feliz, ou trágico, ou quem sabe inusitado pois sabe que toda boa história chega a um final, seja ele qual for. Viaja por reinos distantes, fala com seres inanimados e cria suas próprias expectativas de viver. Sempre pode ser vista em um lugar distante, pois suas melhores companhias são as palavras. 



Palavras que vem, vão e ficam. E se renovam a cada leitura. A menina que lê não espera por um ogro, mas por um príncipe de contos de fadas que saiba o que dizer no momento certo e que entenda apenas um olhar como negativa para uma resposta.  Não entende o talvez, pois seu mundo é recheado de sins e nãos. Não idealiza, vive. A menina que lê tem uma subjetividade transcrita no objetivo que poucos entendem, mas os que o fazem ganham horas e horas de contato com ela. Vez por vez, se descobre revirando prateleiras e baus com livros antigos, observando os meros detalhes de uma coleção que sonhava encontrar. E este tesouro encontrado, rende-lhe duas lágrimas salgadas que escorrem por sua face tamanho contentamento da descoberta. Um verdadeiro tesouro para a menina que lê não está na riqueza material, mas na riqueza das relações, pois cada qual tem um dom, uma sina e uma vida. A menina que lê também escreve. Escreve sonhos, realidade, constância e inconstância. Vive e revive cada minuto como se mergulhasse nas páginas lidas e escritas no mar da ilusão. A menina que lê não espera grandes presentes mas faz gigante uma obra nova. Ela não perde horas; ganha momentos. Viaja por Nárnia, luta com feiticeiras, conhece minotauros e navega em Peregrinos. Faz da vida a palavra. Da palavra a vida. A menina que escreve e lê não denota. Conota razões. Das razões cria sua existência. Não admira brutos. Idealiza inteligência. Da inteligência conota motivo. E o motivo? Sua escolha pela razão, pela sabedoria e pelo mundo que cria. Seu. Seu em essência e em existência. Ela existe, vive, lê e escreve. Escreve e lê sua essência em existência.




Alessandra Beatriz 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dizem que é fácil

Porque será que a espera do reconhecimento dói tanto? Parece que sonhos são apenas ilusões para uns. Para outros, ou para aqueles que sonham, sonhos são uma passagem para o infinito. O infinito? Nada mais que a realização de ideais e objetivos. Ouvi por muito tempo, e ainda ouço que " você devia fazer outra coisa, largar isso de ser professora". Mas como deixar de lado um amor tão intenso e tão forte que chega a arder no peito? Que chega a esquentar a alma de tanto contentamento?
Existir na verdade é se fazer oque se ama. O que se sonha. O que se vive e principalmente o que se decide fazer. Viver não é facil! Quem disse que seria fácil crescer? Quem disse que a realidade é fácil? Se por acaso fosse fácil, não seria real. Dizem que fácil é esquecer, não se envolver. Dizem que fácil é jogar pro alto tudo é real. Fácil é o que se cria na mente com o intuito de tornar fácil a existência. Colar a existência nas páginas da vida é uma grandiosa obra que surte efeitos, dores, encantos, re-encantos e quem sabe uma dorzinha de saudade do amanhã. envolver-se sim... é uma das mais fáceis tarefas. Difícil é não se envolver. Isso sim!

Alessandra Beatriz

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Crônica do Pai Presente

Hoje, com meus vinte e poucos anos entendo o que antes, tão pequenina não conseguia compreender; mas conseguia sentir. Era um herói. Aquele que sabia ler, escrever, desenhar, inventar riscos e criar rabiscos. E me ensinava o mesmo. O mesmo, que tornava cada passo e cada tombo a delícia de todos os dias. Lembro-me como se hoje fosse. E, tão pequena e com a inocência de meus seis anos, tão entusiasmada que estava, já conhecia as letras, os números, os símbolos. Mas naquela tarde, parecia que um novo mundo se abria diante de meus olhos. Livros coloridos, cartilhas, lápis de cor, canetinhas, giz de cera e muito papel colorido se transformavam no mais belo arsenal. Aquele que eu queria que durasse a vida toda. Chegou ele me mostrando tudo, ajudando a encapar os cadernos, contando e nomeando lápis, etiquetando caixas de giz de cera. Mas tinha algo que me despertava ainda mais a curiosidade. Era uma cartilha colorida, cheia de desenhos e letras, bichinhos coloridos que faziam meus olhos brilharem me despertava um desejo de conhecer aquele "livro"tão diferente. Nunca precisei dizer muito, pois ele sabia o que meus olhos diziam, o que minhas mãozinhas queriam e principalmente: o que permeava meus sonhos de menina. Um simples gesto me conduziu ao desconhecido. Sentada em seu colo, ele abriu as primeiras páginas. Me mostrou um índice. Lindo, colorido, onde tudo tinha. Me mostrou as páginas, os desenhos, os bichinhos que eu achava meio exagerados, porque tinham cabeças grandes e corpos pequenos. Mas eram simplesmente os animais mais lindos que eu já tinha visto! Por um momento, pensei em me chamar Camila. Camila. Era um nome lindo. Era uma menina de cabelos amarelados, vestido vermelho e sapatos amarelos. Foi a primeira palavra que aprendi a ler. Foi a primeira palavra que Ele me ensinou. Em uma letra, encontrei outra. Formaram uma sílaba. Em uma sílaba mais uma. E outra. E enfim uma palavra. De uma palavra, uma frase. De várias frases, um texto. O mais lindo que eu já tinha visto. Queria mais. Queria ser grande. Queria ler, escrever. O tempo passou. e lá estava ele, em todos os meus momentos. No primeiro dia de aula, no tombo de bicicleta, no corte do braço, no joelho esfolado, na festa do dia dos pais, nos aniversários, no não bem dito, no sim conformado, no talvez renunciado. Momentos que nunca saem da memória. Uma memória nada esquecida ou apagada. Tempos que não voltam mais. Das teimosias mal sucedidas e no arrependimento por cada gesto mal pensado aprendi com o tempo que cada sim e cada não são necessários. Que a cada lágima derramada, estaria Telmah, sozinha  no jardim do velho casarão, com a cadela filhinha lambendo o chantili de seu bolo de aniversário. Ou quem sabe, estaria na prateleira da locadora um filme da década de 70 que criaria uma Love Story? Ou talvez  no "você não precisa passar por isso" dito num galpão na solidão do arrependimento. Quem sabe na ilusão transcrita pelos sonhos Disney de fantasia. Sonhar em escrever um best-seller num Castelo de vidro se tornaria um desejo de criação. Mas ele estava lá. em todos os momentos. Rindo, vendo sempre um ponto necessário e positivo em uma realidade que nem sempre é doce e suave. Mas o que torna  mais incrível essa realidade é que a cada dia a vida se transforma e ensina que o tempo passa, a gente cresce e aprende que a palavrinha que esse Ele simboliza traduz com três simples letras o que de mais forte e intenso pode ser oferecido pela vida que é presença figurada de um ser que cria, recria e transforma a existência em essência vivida e sentida. E que nunca será esquecida ou perdida.

Alessandra Beatriz.

sábado, 6 de agosto de 2011

A menina-mulher de Sagitário

Nem sempre ela dirá coisas que você quer ouvir. Na maioria das vezes, ela vai deixá-lo arrepiado com suas observações desconcertantes e francas. Mas de vez em quando dirá coisas tão maravilhosas que vão fazê-lo dançar de felicidade. Ela talvez seja um pouco franca demais porque vê o mundo tal como ele é. Ela não gosta de mentiras. Esta mulher dificilmente conseguirá convencer as pessoas quando estiver contando uma mentira. E a gente tem que admitir que isto é uma ótima qualidade, não é? Quando quiser que ela faça algo, peça-lhe. Não tente mandar nela. A técnica dos homens das cavernas não funciona com esta mulher. Ela não nasceu para ser mandada, odeia ter que receber ordens e abomina todo homem que tente aprisioná-la. Ela gosta de ser protegida, mas não gosta de ser mandada. (Se nem mesmo seu pai consegue dominá-la), não vai ser qualquer um que vai achar que pode lhe dar ordens! A sagitariana não é de abrir mão da própria personalidade e da independência por homem algum. Quanto mais nervosas ela ficam, mais sarcástica e cínica se torna. A sagitariana pode mandá-lo para o inferno com um grande sorriso nos lábios e ainda ridicularizá-lo na frente de todos, como se estivesse se divertindo. Ela tem esta capacidade de torná-lo o bobo da côrte, e ainda sair por cima como se nem tivesse sentido a força de suas ofensas. Mas nem sempre ela será tão "amável" assim, quando estiver realmente irritada. Enfrentar a raiva desta mulher não é a melhor coisa do mundo. Como todo sagitariano ela não é de armar o barraco, mas se resolver fazê-lo é melhor se esconder até a tempestade passar. Afinal, não é prudente brigar com um signo que é metade gente, metade cavalo, e a metade humana ainda está armada! Ela é uma das poucas mulheres que costuma ter amigos de infância. Sim, eu disse amigos. Os mesmos que rolavam com ela na rua enquanto jogavam bola, e que um dia perceberam que aquela garota com jeito desajeitado de moleque, que andava descalça um dia se tornou uma linda mulher. Tentem reparar em uma sagitariana andando. Vejam como a maioria costuma andar com o nariz empinado, parecendo um cavalo puro sangue. Vejam como ela é uma mulher elegante e confiante, mesmo quando tropeça e sai derrubando tudo pelo caminho! Sim, a coisa mais difícil de encontrar é uma sagitariana que não seja um pouco desajeitada. OBS: Também costuma ter uma atitude um tanto displicente em relação a envolvimentos amorosos, o que pode levar algumas pessoas a achar que é uma mulher fria e insensível. Puro engano! Ela se emociona ao assistir um filme triste e sonha com você durante as noites em que estiver solitária, (mesmo que nunca confesse isto). É possível que ela tenha guardado todos os bilhetes de amor que você escreveu restos de flores que enviou e a primeira entrada do cinema que foram juntos. Mas não espere ver este seu tesouro tão cedo! A sagitariana não gosta de revelar seus segredinhos de amor. Deixar que você veja estes segredos é assumir que está apaixonada. E ela odeia sentir-se fragilizada! Quando este romance acaba, por dentro ela pode estar chorando, mas responderá com tanta inteligência e habilidade as perguntas dos amigos, que todos pensarão que tudo não passou de um simples namorico de verão. Mal sabem como ela pode estar arrasada por dentro. A idade realmente não importa quando o assunto é a sagitariana. Elas permanecem meninas mesmo quando envelhecem. E elas adoram ser tratadas como meninas sapecas que não param no canto, sempre prontas a correr na rua com os garotos! E, é esta alegria de viver, este eterno otimismo que enfeitiçam os homens de bom gosto! Nenhuma mulher pode ser tão apaixonada pela vida quanto a sagitariana, e transmitir este amor por todos os cantos por onde passa. Estar ao seu lado é viver o bom humor e acreditar no futuro. Não importa que ela tenha milhões de amigos que ocupam grande parte do seu tempo, nem que passe o tempo todo planejando viagens ou sonhos que ainda quer realizar. Amar uma mulher de sagitário é recompensador e nunca é monótono. Não importa que ela não tenha aprendido a dizer o quanto te ama para ela isto é difícil. Quem já teve a felicidade de estar apaixonado por sagitarianas, sabe que a melhor maneira que elas têm para demonstrar o que sentem, é pela a ação. Nenhuma mulher beija tão gostoso ou erradia tanta vida e alegria quanto um anjinho de sagitário que chegou a conclusão - após passar várias noites em claro - de que o que sente por você não é amizade, mas amor! E, quando as setas do arqueiro penetram em nossos corações, não há magia no mundo que possa nos livrar do poder do amor de uma sagitariana! 


Li este texto num blog que visitei!! Achei um máximo. Dizem que é uma perfeita descrição desta que vos escreve. 

Eu & Tempo

O tempo me ensinou a ser eu mesma. Me mostrou que quanto mais o tempo passa, as pessoas amadurecem e se tornam mais novas... experientes e passam a se observar como uma árvore esplendorosa que abraça o vento. Meus poucos mais de vinte e cinco me fizeram sentir a vida com menos urgência. Ver o tempo como algo significativo e responsável por meu auto-reconhecimento. Percebi que o tempo me mostra vontades e desejos até então desconhecidos. Reconheci-me com outra face, outro corpo, outros sentimentos e principalmente por outras expectativas. Vivo com a magia de mundos inimagináveis. Vivo com a certeza de que o amanhã me espera e de que alguém há de vir; nascer, renascer.  Leio um livro e faço de suas páginas a porta para meus mundos solitários. Sinto a madrugada chegar e perco-me nas horas tal  a gaivota na areia. Crio passos e caminhos largos na espera do próximo amanhã. Risco e rabisco brancas folhas criando bolhas de sabão que nunca se desmancham. Recrio esperanças e sonhos. Desenho o futuro na palma de minhas mãos e aqueço meu coração com infinitas cores. Me sacio dos sabores e da doçura do abrir de meus olhos. Me crio. Recrio. Vivo. Revivo. Sorrio. Choro. Lamento. Resto. Completo. Descanso. Deito-me. Levanto-me. E sigo. Em frente. Um passo a outro. No compasso. No passo do compasso. De ser eu mesma. A cada dia.

Coisas que aprendi



* Que o mundo dá voltas, um dia se está em cima no outro em baixo, cuidado pra não pisar na sua cabeça...

*Que quando puxamos o tapete de alguém corremos o risco de cair por estarmos em cima dele também;

*Que Deus é justo; Nos dá exatamente o que merecemos, nos revoltar não muda o curso da vida, só a atrasa mais;

*Que muitas vezes quando se perde se ganha, e quando se ganha se perde; Já perdi inúmeras vezes, e agradeço por isso;

*Que é preferível perder a guerra, mas ganhar a paz;

*Que os sonhos são para serem realizados, e não existem sonhos impossíveis, existem pessoas incapazes ;

*Que o longe não existe;

*Que entre o amor e a amizade a diferença é somente um beijo;

*Que o amor não é egoísta, o orgulho sim;

*Que os amigos são a familia que Deus nos permitiu escolher, MINHA FAMILIA É GRANDE!!!

*Que o que você desejar ou fizer a alguém, voltará em dobro para você;

*Que chorar nem sempre é ruim, mas chorar por alguém é imperdoável; PRECISO REFORÇAR ESSA LIÇÃO;

*Que existem muitas formas de amar, e quero conhecer todas elas;

*Que você é o que você faz, o que você fala e principalmente o que você julga;

*Que a subida é lenta mas a queda rápida demais, portanto esteja preparado para cair e se levantar;

*Que um pé na bunda sempre te coloca para frente;

*Que o orgulho é um mal conselheiro;

*Que quando julgamos alguém descobrimos não quem ele é mas sim quem nós somos; O julgamento é um espelho.

*Que se as coisas não estiverem boas, pare e recomece novamente, mas por outro caminho;

*Que o coração nem sempre tem razão, mas e daí não quero ter razão, por isso o sigo fielmente;

*Que os loucos são felizes, por não terem medo de serem diferentes;

*Que só descobrimos o final feliz de um livro, virando a página;

*Que confiança é como um cristal, se quebrou, nunca mais será igual;

*Que não morremos quando perdemos um amor, só confundimos os sentimentos;

*Que a verdade dói muito menos que uma mentira;

*Que o maior amor que você pode ter é o amor próprio;

*Que filhos são presentes de Deus, mas não são seus, então cuide bem deles enquanto estiverem ao seu lado;

*Que um sorriso nos lábios abre portas, e janelas também;

*Que temos muitos caminhos a seguir, mas sempre vamos pelo mais fácil;

*Que calorias são monstros que atacam seu armário enquanto você dorme;

*Que alface engorda e chocolate emagrece; Penso nisso todos os dias rs!

*Que não se muda ninguém, só mudamos a nós mesmos;

*Que devemos sempre amar em primeiro os defeitos de uma pessoas, e depois pensar nas qualidades que ela tem;

*Que morar em vários locais, é um grande aprendizado mas somente pelas pessoas que encontra no caminho;

*Que saudade dói muito mas esta sempre na espera de um reencontro;

*Que sou um pouco maior do que as pessoas acham e menor do que eu penso ser;

*Que Deus a cada dia me dá sinal de que está sempre por perto;

*Que não se deve pedir dinheiro nem suplicar amor, pois o dinheiro se ganha e amor se conquista

*Que devemos julgar o ser humano pelo modo como ele trata os animais;

*Que o que você fala para uma criança reflete no que ela será no futuro;

*Que se ficar parado, nunca sairá do lugar;

*Que devemos nos preocupar com que filhos deixaremos para o nosso mundo;

*Que se puder andar: Corra; Se puder pensar: Sonhe Se puder falar: Cante, Se puder amar: Faça amigos;

A vida é um aprendizado, e o tempo não pára para consertarmos o que estragou no caminho...

Autor desconhecido

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Devaneio

Devaneio é olhar através da janela de minha alma e esperar o futuro...
incerto...
doce...
sublime.
Meu.
Teu.
Eterno tal como um sonho...
a fantasia.


Sublimados pela magia da verdade.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nostalgia

Sinto saudades daquela que fui. Ou talvez daquela que teria sido. Um dia. Ou talvez Nunca serei. Nas asas da saudade colori o céu do meu dia esperando uma resposta. Unica. Talvez nem exista. Certeza? Saudade? Melancolia? Ilusão? Sim, talvez ela explique tudo que sinto, tudo que vivo, tudo que vejo e principalmente o que sou. Ou o que não sou. Ou que serei.Ou não.Sinto falta do cheiro da relva, da estrada, do sorriso sincero, do amor correspondido, do não correspondido. Saudade dos velhos amigos, dos novos, dos que ainda não conheço. Saudade daqueles tempos em que a aula era apenas um motivo de distração. Daquela aula na grama, das cartas trocadas, dos segredos compartilhados. Da infância perdida, da não tida nem vivida. Dos passeios de bicicleta na estação, do cheiro do feijão, do queijo derretido. Saudade do não, do sim, do vou pensar. Saudade do soninho tirado embaixo da mangueira no colchão. Do vento balançando meus cabelos, do sol quente, dos caminhos em busca de conchas e das escondidas para fugir da verdade. Saudade das festas de aniversário, do refrigerante e do sorvete que não existem mais. Sinto saudade da alegria de antes, da alegria de agora. Saudades da menina bonita, esguia que rodopiava na ponta dos pés. Do espelho do quarto, da volta à cavalo, da alvorada, do sol que se acalma, do momento sentado na cerca, do gado subindo e descendo e da mentirinha do escondido. Saudade. Palavra descrita da mais sublime forma de amar. De querer. De ser. De ter. Quem sabe um dia queira. Seja. Tenha e Viva.Um dia, quem sabe.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quero




Olhos nos olhos como o espelho que reflete a alma

Serenata que sussura

Respingo com gosto de lágrima

Por-do-Sol com sintomas de saudade

Pés na água

Sabor de fruta que escorre pelos lábios

Vela e Poesia

amor em canção.

Tido?

Não passado...

Futuro na constancia da ilusão...

Traduzido em um só nome.

Nome?

Deveras ter.

Que deveras...

O menino da Lua




Há muito tempo atras, antes do meu avô ser criança, havia um menino que morava na lua. Era filho da noite e chamavam-lhe Nedyn, o menino da lua. Saltitava, no doce encanto da aurora, de estrela em estrela, qual pastor e guardião. Vestia uma capa preta e comprida e na cabeça um chapéu de abas cor de arco-iris e pontiagudo. Como companhia, tinha uma bola azul que com ela corria pelas voltas do tempo. Ninguém nunca o vira descer de lá; porém, muitos acreditavam que o menino de capa preta era encantado. Ainda alguns diziam que a noite era limpa e clara devido ao grande mistério que o envolvia naquela doce fantasia. Gildren, um pequeno que confidenciava todos os seus segredos de menino à lua, certa noite, fez um pedido que tantos outros meninos faziam. Queria conhecer a lua e saltar de estrela em estrela. Qual não fora sua surpresa, que ao adormecer, um barulho na vidraça em toque de flauta o despertara de um sonho. Um sonho de menino de conhecer planetas e desbravar o universo em uma nave de casquinha de sorvete. Era Nedyn, o menino da lua. Tal como Peter, viera buscar o pequeno para um grande sonho que ele mesmo tinha: ter um amigo. Surpreendido pelo susto , escondeu-se na cortina. E ficou ali. Buscando a coragem. De um lado do quarto, o sonho de conhecer a Lua. Na cortina, o sonho da amizade. Entre olhares assustados, reconheceram-se. Eram um só. Um só rosto, um só corpo, disfarçados pelo sonho e pelo desejo tímido. Ao tocarem-se, a surpresa: Tudo não passava de um sonho. Gildren era Nedyn. Nos finos dedinhos que agora forçavam-se em escapar pela capa preta, o encontro tornara-se inevitável. Não passava de um sonho. O sonho refletido pelo espelho. O espelho, refletido pela lua. A lua refletida pelo encontro. O encontro do menino. Com o menino da lua.

Vida




Busquei o segredo de minha existência. Esperava encontrar um tesouro por tempos tão procurado. Queria tê-lo em minhas mãos assim como a esperança que o procurava. No astro, a claridade para minhas inquietações. Nao era mais um sonho, afinal. Pertencia-me naquele momento. Vivo, claro, límpido e ao mesmo tempo brilhante. Era tão minha quanto a lua pertence ao firmamento. Descobri meu firmamento. ERA MINHA VIDA!

Queria poder




Queria ser acordada por um beijo carinhoso

Ter meus cabelos acariciados à luz da lua

Dormir com a brisa tocando meu rosto

Sentir um frio no pescoço por tua presença.

Queria olhar nos teus olhos...

compreendê-los, apenas.

Queria admirar o balanço das folhas

Queria sentir o cheiro do chão molhado.

Queria o acalento dos teus braços

Ouvir sussurros em meus ouvidos.

Queria deitar na grama e dar nome às nuvens.

Queria rir da dança das flores

Queria caminhar de mãos dadas ppor uma longa estrada...

Sem fim.

Queria correr com o vento e repousar na relva

Queria recostar-me no teu peito e contar as estrelas

Queria olhar o horizonte e ver o futuro que nos pertence

Queria teu cheiro no cobertor

Assistir o espetáculo da vida passando pelos meus olhos.

Queria sentir teu rosto tocando o meu.

Queria Poder?

Amar.

Viver?

Vivermos.

Queria poder.

Apenas Poder.

O baú de sonhos




Era ela uma princesa. Nada e tudo, tinha ao mesmo tempo. Tudo, porque era filha de Rei. Nada, porque algo lhe faltava. Mas ela sabia o que era. Entre mimossentia-se uma pequena ave presa numa gaiola de ouro. O que lhe faltava, era muito maior do que toda a riqueza e os lindos vestidos rosa de cetim. Por horas vagava pelo imenso jardime sentia um profundo vazio no coração. Precisava ter. E queria. Queria tudo? Queria muito? Não! Queria apenas ser FELIZ! E era triste! Tão triste! Aos súditos, o Rei ordenava que buscassem a Lua, o Arco-Iris e a mais doce criatura de todo o reino. Mesmo assim, aquele sorriso não tinha o brilho das estrelas. Nem o cintilante do Unicórnio. Decidiu presentear-lhe com algo grandioso. De alguma maneira, aquela tristeza percebida nos olhos da Princesa deveria desaparecer. Descobriu por uma Fada, que todos os dias, quando o Sol escondia-se para enamorar-se com Lua, o céu, derramava gotas cintilantes que reluziam ao olhar daqueles que contemplavam a FELICIDADE. Ordenou mais uma vez. Os suditos deveriam recolher as gotas; das mais variadas cores e colocá-las num baú azul turqueza com chave em formato de ilusão. Assim foi feito. O Rei entregou à doce princesa o baú que ao abrir uma pequenina fresta viu transparecer do delicado rosto um formoso sorriso. Aquele, sem dúvida, fora o melhor presente que poderia ter recebido. Abraçou o baú e correu em direção ao jardim. Escondeu-se à sombra daquela que fora sua companheira por tantas brincadeiras. encostou-se, e lá adormeceu. O que lhe faltava, agora lhe pertencia. Preso em suas mãozinhas. Desfrutara de toda magia que possuiam aquelas gotas coloridas. Pegou uma gota cor-de-sol e percebeu que podia voar nas nuvens. Pegou outra cor-de-esperança e se viu escorregar no arco-iris. Em mais uma cor de alegria, viu-se cavalgando no Unicórnio, lilás como sua fita. Adormeceu ali mesmo. Ao despertar, já era noite. Um cheiro de jasmim escorregou-lhe pela face em língua de unicórnio. Olhou. A seu lado, o baú. Abriu. Estavam todas lá. As gotinhas. E os sonhos. Com ela. Sempre. E a alegria de sonhar. E de ser feliz.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Agradecimento

Dani, querida menina dos olhos pintados..... que me inspira com sua palavras a ser o que sou....
Jhonathan, meu pequeno que me leva todos os dias pelo caminho da minha vida....
Amor, que me acorda com um Te amo todos os dias...
Lucas, meu valente caprino, olhinhos de jabuticaba, que desenha o nome mais lindo que existe...

sábado, 18 de junho de 2011

Dois

Um a um. Pedaço por pedaço. Crio dois. Talvez um. Um? Nada tem senão dois. Dois? Juntos, talvez. Duas cores, dois sorrisos, duas estrelas partidas. Quem sabe três? Não. Dois. Assim como eu e você. Eu sou você. Um. Você e eu? Dois. Um que se transforma em dois tal qual a colcha e o retalho. Tal qual o retalho e a linha. A linha e a agulha. Apenas Dois. Um, eu. Dois você.

Ser professor

Acordar e perceber que o dia está apenas começando...


Encontrar num sorriso timído, a espera da confiança...


Ver um passo se tornar outro, e outro, um seguinte...


Ensinar as Letras, nem que seja por uma palavra...


Ser cúmplice, amigo ou quem sabe um amor inatingível...


Ser aquela que ri, que vibra e se delicia com as conquistas diárias...


É dizer '' você consegue'' e secar uma lágrima derramada depois de uma derrota...


É saber improvisar, quando os grandes pequenos precisam de palavras, ou sorrisos...


É não ter preconceitos...


É rir do riso, derramando o pranto...


É silenciar quando necessário...


E encorajar quando preciso...


É sentir o coração bater forte a cada tempo começado...


E desperdir-se quando é findo este tempo...


É saber que em nenhum lugar haverá um sorriso de compreensão...


Ou ver que os olhos brilharam quando a descoberta da palavra ''entendi" é pronunciada...


É se enbranquecer com o pó e recomeçar o novo dia...


É receber bilhetes de amor e carinho, quando tudo parece ofuscado....


É ouvir um ''fessora'' ou uma salva de palmas quando suas palavras agradam...


É fazer refletir com uma entonação baixa...


É incentivar quando nada parece dar certo...


E transformar o nada, em tudo....


É amar....


Ser amada...


Porque não odiada?


E ser conhecida...


Re-conhecida...


Apenas o sendo....


Professora!

Professores

Professor é aquele
que ensina
alguns problemas de
Matemática, Português...
Professores? O que dizer deles?
são, legais, educados e mais...
São gentis....

Professores quando ficam bravos...
São vulcões
Entrando em erupção... ou
uma tempestade bem forte...
ou um furacão....
engolindo uma cidadezinha...

As vezes são legais...
Tipo? Passar filme...
Aula de Literatura no ar...
Livre....

Assim... por diante....


                                                  Homenagem do Aluno Jhonathan Lucas Martins Santos
                                                     Pequeno do Sétimo Ano LII
                                         Que me acompanha pela porta todos os dias....

Palavreando

Definir sonhos....
Desenhar sorrisos...
Clarear fantasia....
Sonhar acordado...
Viver o momento....
Esperar a saudade...
Escrever na areia...
Sorrir de nada....
Esperar o tudo....
Fazer do tudo eterno...
Eternizar o momento...
Momentizar o não...
Transformar o sim...