sábado, 6 de agosto de 2011

Eu & Tempo

O tempo me ensinou a ser eu mesma. Me mostrou que quanto mais o tempo passa, as pessoas amadurecem e se tornam mais novas... experientes e passam a se observar como uma árvore esplendorosa que abraça o vento. Meus poucos mais de vinte e cinco me fizeram sentir a vida com menos urgência. Ver o tempo como algo significativo e responsável por meu auto-reconhecimento. Percebi que o tempo me mostra vontades e desejos até então desconhecidos. Reconheci-me com outra face, outro corpo, outros sentimentos e principalmente por outras expectativas. Vivo com a magia de mundos inimagináveis. Vivo com a certeza de que o amanhã me espera e de que alguém há de vir; nascer, renascer.  Leio um livro e faço de suas páginas a porta para meus mundos solitários. Sinto a madrugada chegar e perco-me nas horas tal  a gaivota na areia. Crio passos e caminhos largos na espera do próximo amanhã. Risco e rabisco brancas folhas criando bolhas de sabão que nunca se desmancham. Recrio esperanças e sonhos. Desenho o futuro na palma de minhas mãos e aqueço meu coração com infinitas cores. Me sacio dos sabores e da doçura do abrir de meus olhos. Me crio. Recrio. Vivo. Revivo. Sorrio. Choro. Lamento. Resto. Completo. Descanso. Deito-me. Levanto-me. E sigo. Em frente. Um passo a outro. No compasso. No passo do compasso. De ser eu mesma. A cada dia.

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