sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Valor da Amizade



Hoje destinei-me a lembrar dos meus tempos de adolescente, das minhas antigas amigas, das nossas gargalhadas, das situações inusitadas que vivemos. Parece que mesmo tão distantes se fizeram tão próximas. Pensar nos tempos de escola, pensar na volta das aulas, nos anjos trocados, nas confidências secretas e principalmente nos momentos de desabafo que junto a elas se tornaram intensos. Inventamos certa vez um Clube do anjinho. Meus coração sente uma saudade enorme quando me lembro que os anjinhos ora trocados vinham acompanhados de cartõezinhos com mensagens tão sinceras! Minha tão querida Ana Paula, foi aquela que iniciara esta ideia. Todas as semanas trocávamos aquelas doçuras. Assim fomos juntas até o final do ensino Médio. Um trio imbatível, tanto em notas quanto em amizade.  Aquela nossa amizade trazia uma segurança e nos fortalecia a cada dia. Eram voltas e voltas da escola, eram risos e sorrisos que deixaram marcas tão profundas que jamais poderão ser esquecidas. O tempo passou. Cada uma tomou as rédeas de sua vida e levou-a adiante; assim como as lembranças. Nós mudamos. O tempo afinal, é o maior transmutador de pensamentos e de vidas. Nos formamos. Cada uma com sua profissão, sua família e com a certeza de o futuro é mágico, intenso e promissor. Promissor de grandes alegrias, de enorme saudade e principalmente de doces lembranças. Me pergunto hoje: Se tivéssemos ficado mais próximas, seria diferente? Não tenho esta resposta. Mas certa vez, alguém me disse que a saudade só existe quando existem também sentimentos verdadeiros. Tão verdadeiros como uma amizade em que o tempo se faz distância e dignifica as dores e as sensações de uma vida outrora vivida. Intensa!  Se perguntarem-me hoje, qual seria o valor da amizade, não hesitaria em responder. O valor da amizade está na lembrança dos grandes momentos e na saudade que se sente de um tempo passado, porém, jamais esquecido. Jamais esquecido porque as dores, as alegrias e as tristezas foram tão bem compartilhadas que transformou a amizade em uma base sólida que nos faz ter o prazer de dizer: Eu tive amigas. Ou será: eu tenho amigas. Esse pensar me trás sim o valor concreto e ao mesmo tempo abstrato do mais sublime sintagma titulado AMIZADE.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lembrança


Esta semana parece que o coração está mais apertado. Sinto que mais um ano se vai. Aquelas relações construídas com tantos que até então eram apenas rostinhos perdidos numa multidão, agora se tornam uma das razões por fazer o que faço com tanto esmero e dedicação. É incrível, mas posso seguramente dizer que o nome do que estou sentindo nesses momentos de nostalgia nada mais são que a saudade de uma despedida.... ou quem sabe de uma continuidade irreconhecida. Lembrar dos primeiros dias, do desconhecimento, do medo, das mágoas já consolidadas e da confiança no inesperado nos trouxeram até aqui. Posso dizer, na mais doce forma de saber. Saber o que se sente, o que se vive, o que espera e quem sabe o que se deseja. As letras neste ano não foram as mais importantes, nem as conjunções, nem as questões e trabalhos por vezes desafiadores que propus nos momentos de maior criatividade. Os abraços de alegria, de medo, de confiança, se antes eram fortes, agora se fazem maiores, mais intensos. Meninos cresceram. Meninas viveram. Viveram e cresceram com a intensidade de uma tempestade que no fim da madrugada  presenteia com o calorzinho do inicio da manhã. Esses poucos dias, e como foram poucos perto de tudo que aconteceu,  foram recheados de alegria, tristeza e cumplicidade. Cumplicidade nas simples palavras "nós estamos com você, professora!", ou quem sabe no "fessora", no "e aí fessora?!"... Me desculpem os sábios, mas poucos viveram isso. Poucos como eu, que acreditam na verdade, no carinho, no afeto e na amizade verdadeira que se completou pela confiança nas palavras de alguém com poucos anos à frente da jovialidade infinda das "minhas criaturinhas". Nunca imaginei que este ano tomasse uma proporção dessas! Mas tomou! Choramos juntos, rimos, nos divertimos, brigamos, nos abraçamos muito, tiramos muitas fotos e construímos confidências, segredos. Me tornei literalmente uma "Professora Maluquinha", não é Marília? Me tornei a dindinha de muitos, amiga de outros, a confidente de alguns, e o alvo das mais curiosas crises; que hoje me lembro com os olhos marejados. Marejar os olhos esse ano foi uma constante. Impossivel pensar que "amores"só acontecem de vez em quando. Dançamos a quadrilha da gargalhada, ouvimos e dirigimos as famosas "ratas"e criamos trilhas sonoras de uma vida. Uma vida que nunca será esquecida. Tentei não acordá-los todos os dias, mas chegou um momento em que vocês próprios se acordaram e me fizeram realmente compreender o valor que cada minuto, de cada dia "não pensado". Afinal, a quarta-feria não era dia de pensar no 17! Como foi bom ter a calma do 18! Rir das comidas estranhas de cada um! Rir da sinceridade das minhas meninas! Como foi mágico estar com o 6! Confiança, alegria e amor intensos a cada dia! Como foram confortantes os abraços. Precisava ter um escudo e lutar na Guerra de Nárnia! Criar músicas com o 4, dançar, ir até o chão, confessar os enganos e compartilhar as belas palavras escritas! Crescer com o 5! Rir do "Marelo"que nunca entendia a piada, ler as palavras da Karla, rir da dança da Carol. Entrar numa sala tão adulta que se tornou criança aos poucos foi "digno". São tantas lembranças que se cada detalhe for descrito, não caberá nessa página. e que bom que existe a página da memória. Tive a certeza que DIFERENÇA é a palavra mais bonita que conheci. Tive e tenho a certeza que cada "carinha" me dizia algo, e com o olhar eu conseguia dizer muito também. Vale a pena chorar? Muito! Fim de ano traz essa dorzinha de saudade. Mas que bom que saudade existe. Senão não existiria a lembrança. Se a lembrança não existisse, não daria risadas sozinha. Estar sozinha é algo que não faz parte mais dos meus dias, pois a cada manhã se não os terei mais em presença, terei-os em alegria, saudade e lembrança. E isso, ninguem pode tirar. Pois apenas existe com a magnitude de um dia novo. Ou de página escrita no livro da vida.

Alessandra Beatriz
Professora de Lingua Portuguesa
E. E. Madre Maria  Blandina

Sensações - Paula Fernandes

Essa letra mostra realmente o que sou... Um turbilhão de emoções. Espero que gostem....

Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz , o seu querer
Agora sou somente um
Longe de nós um ser comum
Agora sou um vento só. a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva eu reconheço
Eu me transformo
Agora sou um vento só, a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva
Agora sou um vento só, a escuridão
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado...