domingo, 6 de novembro de 2011

Insensatez




No encontro com o eu extremado busquei as razões e os motivos para ser o que nunca fui.
Busquei respostas de perguntas que nunca conseguirei responder. Vejo o tempo passando, as pessoas mudando, os veículos com suas extremadas buzinas, o Carnaval essencial do sambista que perde a voz e tantas outras coisas que sequer consigo exprimir em palavras. Sinto vontade de fugir de máscara. Transformar um engarrafamento em carnaval e o ódio do mundo em sorriso. Transformar o sorriso de uma criança, simples, humilde, sincero na mais bela obra de arte e assiná-la como eu mesma. Vejo na insensatez do mundo o absurdo do abandono de uma criança, uma mãe que some e que sequer olha pra trás, os desmandos de quem quer apenas  o poder e dizer que TEM. Apenas isso. Nada mais. Olho a miséria de um jovem que acredita ser o dono mundo enquanto apenas está nele. Vejo no carinho de um idoso a caminhada árdua e a demora, senão a espera do futuro que bem ou mal há de vir. Vejo no abrir de uma janela a existência de um mundo novo, enorme e gigante que se abre ao raiar do sol. Vejo no poeta dos ventos a vida  que ora se constrói em cada passo. Vejo nos passos que dou a cada dia, um novo caminho, uma nova estrada e uma nova vida a ser vivida, a cada dia.  Como responder a tanta insensatez no meio de tanta sensatez reparada e mascarada pela hipocrisia? Talvez na insensatez. Insensatez? O que é insensatez?

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