sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dizem que é fácil

Porque será que a espera do reconhecimento dói tanto? Parece que sonhos são apenas ilusões para uns. Para outros, ou para aqueles que sonham, sonhos são uma passagem para o infinito. O infinito? Nada mais que a realização de ideais e objetivos. Ouvi por muito tempo, e ainda ouço que " você devia fazer outra coisa, largar isso de ser professora". Mas como deixar de lado um amor tão intenso e tão forte que chega a arder no peito? Que chega a esquentar a alma de tanto contentamento?
Existir na verdade é se fazer oque se ama. O que se sonha. O que se vive e principalmente o que se decide fazer. Viver não é facil! Quem disse que seria fácil crescer? Quem disse que a realidade é fácil? Se por acaso fosse fácil, não seria real. Dizem que fácil é esquecer, não se envolver. Dizem que fácil é jogar pro alto tudo é real. Fácil é o que se cria na mente com o intuito de tornar fácil a existência. Colar a existência nas páginas da vida é uma grandiosa obra que surte efeitos, dores, encantos, re-encantos e quem sabe uma dorzinha de saudade do amanhã. envolver-se sim... é uma das mais fáceis tarefas. Difícil é não se envolver. Isso sim!

Alessandra Beatriz

2 comentários:

  1. arquiteto


    (ag)ora
    o cenário do céu
    sem céu e que – as estrelas sabem –
    o crepúsculo urra no tédio

    eu – arquiteto de cárceres
    da memória do cinzazul
    desnudo

    do que fui além distante

    uma e outra
    palavra
    se es-
    vazia
    no grito dos olhos
    já fúnebres a urdir a poesia

    minha voz
    já amarga (n)os tentáculos
    do tempo e as pedras
    que me consomem

    este poeta
    de ecos desva
    irados
    (ex)pira e (ex)trai
    (d)as rochas duras
    (d)o seu caminho
    polindo as unhas

    ah ! há rugas no papel
    entretecido
    onde a poesia
    a sorver labirintos de granito
    explora todo sibilar do seu enigma

    a pedra se faz poema
    e verte poesia
    do próprio ventre
    bruta não
    quase-paraíso

    mas fragmentos
    sobre a língua
    vestida de fantasmas
    e viagens
    como um gueto âmbar
    sem saída

    eu – arquiteto de cárceres
    da memória do cinzazul
    desnudo

    do que fui além distante


    by luiz gustavo pires

    www.escarceunario.blogspot.com

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  2. Texto lindíssimo!!!!!!! Palavras sempre me encantam!! Principalmente as verdadeiras!

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