quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nostalgia

Sinto saudades daquela que fui. Ou talvez daquela que teria sido. Um dia. Ou talvez Nunca serei. Nas asas da saudade colori o céu do meu dia esperando uma resposta. Unica. Talvez nem exista. Certeza? Saudade? Melancolia? Ilusão? Sim, talvez ela explique tudo que sinto, tudo que vivo, tudo que vejo e principalmente o que sou. Ou o que não sou. Ou que serei.Ou não.Sinto falta do cheiro da relva, da estrada, do sorriso sincero, do amor correspondido, do não correspondido. Saudade dos velhos amigos, dos novos, dos que ainda não conheço. Saudade daqueles tempos em que a aula era apenas um motivo de distração. Daquela aula na grama, das cartas trocadas, dos segredos compartilhados. Da infância perdida, da não tida nem vivida. Dos passeios de bicicleta na estação, do cheiro do feijão, do queijo derretido. Saudade do não, do sim, do vou pensar. Saudade do soninho tirado embaixo da mangueira no colchão. Do vento balançando meus cabelos, do sol quente, dos caminhos em busca de conchas e das escondidas para fugir da verdade. Saudade das festas de aniversário, do refrigerante e do sorvete que não existem mais. Sinto saudade da alegria de antes, da alegria de agora. Saudades da menina bonita, esguia que rodopiava na ponta dos pés. Do espelho do quarto, da volta à cavalo, da alvorada, do sol que se acalma, do momento sentado na cerca, do gado subindo e descendo e da mentirinha do escondido. Saudade. Palavra descrita da mais sublime forma de amar. De querer. De ser. De ter. Quem sabe um dia queira. Seja. Tenha e Viva.Um dia, quem sabe.

Um comentário:

  1. Seja sempre você...Com as dores e as delícias que bem te cabem...E lembre-se: Pra ser grande, sê inteiro...Beijos...Adorei estar aqui com vc...Passa no Escrevência.

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